Em um vídeo publicado pelo Dr. Dionatta Coutrin, advogado eleitoralista, o profissional demonstra que o problema pode ir além da urna eletrônica, alegando que a a suspeita deve pairar em todo o sistema de apuração e divulgação dos resultados das eleições.
Defende ainda que deveríamos ter o VOTO IMPRESSO, pois a impressão do voto garantiria a possibilidade de nós cidadãos auditarmos as eleições e assim termos a certeza da lisura do pleito eleitoral que atualmente tem toda a sua gestão realizada pelo TSE.
Neste dia 26 de fevereiro, segunda-feira, foi realizado uma audiência pública para tratar do assunto no TSE, o debate aconteceu com a sociedade que se fez presente por vários segmentos representativos, onde todos os participantes por unanimidade exigiram que nas eleições 2018 seja utilizado o voto impresso.
No entanto, se questiona ainda se há tempo hábil para que o voto impresso seja emplacado nas eleições ainda nesse ano, pois até que sejam fabricadas tantas urnas eletrônicas com impressoras quanto é necessário para termos em 100% dos locais de votação já teríamos passado as eleições de 2018.
O melhor caminho e por sinal mais econômico, seria voltar aos tempos das urnas de lonas com votação em cédula de papel. E isso não estaria longe de ocorrer, pois, vale lembrar que em 2016 o TSE disse que por falta de Orçamento o uso das urnas eletrônicas estariam inviáveis, vejamos:
“O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, classificou como “retrocesso” a inviabilização do uso de urnas eletrônicas nas eleições de 2016 devido ao contingenciamento de R$ 428.739.416 do orçamento da Justiça Eleitoral para 2016. ”
Assim, já que a sociedade exige voto impresso e diante da impossibilidade das urnas eletrônicas ficarem prontas e o comprometimento do orçamento já realizado para este ano de eleições, argumenta-se que seria mais justo e simples o retrocesso às urnas de lona e às cédulas de papeis.
Argumenta o Dr. Dionattan Coutrin, “que as apurações das eleições devem voltar para as mãos do povo, saindo da responsabilidade do Estado como é hoje, ou seja, quem deve e tem por obrigação apurar as eleições é o mesmo povo que vota, pois então teremos transparência e de fato lisura das eleições mesmo que para isso demore até mais de uma semana para sabermos quem é o eleito que governará pelos próximos anos”.
Com tantos argumentos a favor e outros pautados da impossibilidade do TSE conseguir realizar o pleito de 2018, o que deve prevalecer é o jogo democrático, onde todos os cidadãos devem fiscalizar as eleições para que não haja a possibilidade de questionamento nas urnas que impeçam um resultado justo e garantidor das regras da república.